A pesquisa Digital labour platforms and national employment policies in China: Studying the case of food delivery platforms [Plataformas digitais de trabalho e políticas nacionais de emprego na China: Estudando o caso das plataformas de entrega de alimentos] traçou um panorama geral da economia e do trabalho digital na China, com destaque para as plataformas de alimentos e seus impactos nas relações de trabalho, nas condições, nos salários e na proteção social da categoria.

O estudo afirma que, quando comparada a outros países, a China tem o maior número – absoluto e relativo – de trabalhadores(as) por plataforma. A economia digital como um todo se tornou uma área importante para o trabalho no país, com crescimento anual de 11,50%.

A COVID-19 impactou fortemente o mercado de trabalho chinês, proporcionando um aumento econômico significativo das plataformas digitais com o ingresso de trabalhadores(as) desempregados(as) de outros setores em trabalhos plataformizados.

No ano de 2018, a economia digital empregava 191 milhões de pessoas, representando 24,60% do trabalho nacional. Dentro dessa economia, o número de trabalhadores(as) por plataforma cresceu de 50 milhões, em 2015, para 84 milhões no ano de 2020. O montante de entregadores de alimentos por plataforma atingiu o patamar de 7 milhões de pessoas, tendo uma alta representatividade de migrantes rurais e urbanos no setor.

A proteção social é baixa.

A pesquisa menciona, ainda, dados alarmantes sobre a extensa jornada de trabalho no país.